Alunos usam celulares para registrar confrontos e divulgar
pela internet
Um dos alunos entrevistados pela reportagem do Jornal da Record informou ter visto uma briga dentro da escola em que um dos envolvidos portava um soco inglês. Segundo o adolescente, que teve a identidade preservada, o rapaz quebrou o nariz do colega, que teve de ser levado ao hospital.
A internet e as câmeras de celulares se transformaram em ferramentas de fomento e de divulgação de confronto entre adolescentes. Com os telefones, os estudantes registram as brigas e usam portais de vídeos para divulgar as cenas captadas. Armas de fogo já aparecem em pelo menos três casos recentes.
Para a psicopedagoga Maria Irene Maluf, o cenário alimenta a si mesmo a partir dos atos de violência assistidos pelos alunos. E o mais preocupante, na visão da especialista, é a falta de perspectiva de um fim para a situação.
— Isso é um palco que vai se movimentando. Aquele que no momento assiste [ a violência], amanhã pratica. O que hoje é vítima, amanhã pode ser o agressor e depois amanhã, ele pode ser o assistente. O problema disso é que no momento em que começa esse teatro, que é um teatro muito maldoso, a gente não sabe onde vai parar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário